Zona da sessão: Intendente e Martim Moniz
Convidada: Luísa Fidalgo
Actriz, Argumentista e Criativa
Menina ou Moça?
Menina. Menina, sempre.
Se isto fosse o teu perfil numa rede social, qual era o ‘sobre’ da Luísa Fidalgo?
Podia ser algo como: A Luísa é uma actriz que também escreve. Também nada, faz malabarismo, desliza de skate, ouve muita música, fala várias línguas e é iluminada pelo Lynch e fascinada pelo Godard. Depois de estudar representação no William Esper Studio em Nova Iorque, um dos seus maiores divertimentos é criar Web Series, com amigos que depois se tornam irmãos, como as “The Coffee Shop Series” – que começou na SIC Radical, continuou na RTP2 e online e o “Psychodrama” – The Series – que continua a ser lançado online, a partir de Brooklyn.
O que andas actualmente a fazer por Lisboa?
Há uns meses atrás, tive de optar por deixar de ser copy na JWT, com grande pena (e algumas saudades já), para me dedicar inteiramente à escrita e preparação de uma nova série (desta vez uma série em que cada episódio terá 25 a 30 minutos e um fio condutor do início ao fim) que, segundo uma das muito simpáticas funcionárias do IGAC (aquando do registo da série), tem “um título lindíssimo!”
Enquanto espero por respostas e certezas, faço locuções no mercado negro, falo muitas vezes com as amigas americanas do “Psychodrama”, cuja segunda série ainda vai no início, penso em novos projectos e planetas e aproveito para pedir favores ao meu bff, Vasco Vieira (ou “Vieira Vasco” quando realiza). O último foi um “showreel” para um dia destes pôr no facebook, com a legenda “FOR SALE/TO RENT”. Em troca (ou só por simpatia e amor), dou-lhe ideias para a promoção da sua mais recente investida em Londres – um festival de cinema – http://remakefilmfest.com.
Qual o projecto profissional de que te orgulhas mais?
As “The Coffee Shop Series”, porque começou com um grupo de amigos cheios de força e vontade de fazer coisas. Numa altura em que não havia trabalho, criámos o nosso. E para além do orgulho, sinto-me eternamente grata pelos actores e músicos que aceitaram participar na primeira e na segunda série, porque também acreditavam no projecto.
Um piropo a Lisboa.
A tua luz ofusca-me.
Um lugar especial da cidade com uma (pequena) história.
A casa de uns amigos, nos Anjos, no Santo António do ano passado. A casa/loft era uma antiga fábrica de vidro, que estes meus amigos transformaram no seu habitat natural. Nessa noite, jantámos sardinhas no “jardim” e eu era a única pessoa do Porto, no meio de Lisboetas de gema. Foi muito único e inesquecível. E embora seja um sítio “privado”, se lhes baterem à porta, não duvido que eles a abram e vos mostrem este seu palácio industrial.
Um roteiro para o dia perfeito na cidade?
[Aqui vou imaginar que tenho um convidado estrangeiro chez moi, durante o mês de Junho – o melhor mês de Lisboa.]
Pequeno-almoço no Noobai, passeio pelas ruelas da Bica e do Bairro Alto (em liteiras), pic-nic (que alguém já nos tinha previamente preparado, com comidas do mundo e bebidas especiais) no jardim da Estrela e depois apanhávamos o eléctrico e íamos até Alfama para os bailaricos.
(Antes disso ou no meio, fazíamos uma paragem no Largo do Intendente e na tal casa dos Anjos.)
Um tasco, uma tasca, um boteco ou um botequim.
O do Sr. Luís, numa rua perto do Largo do Carmo, só para ouvir o Sr. Luís ou “o Paulo” AKA “Planetário” em Belém, nos tempos da JWT.
Um link que valha a pena fazer um clique.
Para quem quiser fazer viagens, com uma bomba loira chamada Helena:
www.helenadetroia.com
Ou para quem gostar de novas palavras novas:
http://novaspalavrasnovas.tumblr.com/
Um evento ou um espectáculo imperdível.
Ia com o meu pai ao concerto do Stromae no NOS Alive, mas como não vem, podemos ir antes ver a peça “Os Nadadores Nocturnos” porque também mete água.
Três segredos sobre ti.
1. Sei mesmo fazer malabarismo.
2. Gostava de cantar numa banda popular de um dos palcos dos Santos.
3. Se me derem um desenho (bonito), sou capaz de chorar.
Apresenta uma outra Menina ou Moça de que Lisboa vai ouvir falar.
A Joana Rodrigues, realizadora e guru pessoal. Para além de parecer descendente de uma tribo indígena, tem uma maneira de ver o mundo de uma forma muito particular e frontal. Desde a primeira curta-metragem que vi da Joana, “um trailer de um filme inexistente” (que esteve no Indie Lisboa 2014) , achei que tinha de trabalhar com ela. E assim será. Eyes open!
Quase a terminar, um clássico: que pergunta faltou fazer?
P: “Se pudesses estalar os dedos e recuar no tempo para ver um concerto que perdeste, qual seria?” R: A Janis Joplin no Festival de Monterey, com a minha mãe.
Qual das fotos da sessão usarias como imagem de perfil?
Lisboa, Julho 2015.
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